9 de março de 2015

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Vai e vem da vaia


Manchete de Jornal: Dilma é vaiada nas ruas de ao menos 12 capitais durante pronunciamento.
Não é a primeira vaia endereçada à Presidente. Nem a segunda. Quem não lembra do apupo retumbante no estádio do Maracanã?
Curioso. Não Dilma ser vaiada. Mas, digamos, o vai e vem da vaia.

Dilma leva vaia no estádio...
Dilma é eleita na urna...
Dilma leva vaia na rua...
Dilma é de novo eleita na urna...

A vaia vai, a vaia vem. Passando, é claro, por cima da urna, feito criança pulando ondinha na praia.

Quem vaia lembra que vota? Quem vota lembra que vaia?

O que está faltando não é urna nem vaia: é responsabilização de um e outro. Em outras palavras, deixar de ser o eterno país-criança, do eterno jogo, da eterna recreação, do eterno xingamento, do eterno bola rolando, do eterno empurrar com a barriga, do eterno quero-não-quero, da eterna vaia: assumir-se como gente, como agente.

Se Dilma ou qualquer outro tiverem que ir para dentro ou para fora, que não seja por capricho, birra: vaiar é fácil, quero ver crescer.


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